Top 5 – Livros para comemorar o Dia dos Pais

Chega o finzinho de julho e a gente já começa a ver algumas propagandas temáticas na televisão. As vitrines das lojas também já começam a se preparar para uma data muito especial: o Dia dos Pais. Aqui no Brasil, é comemorado no segundo domingo de agosto, mas, nos Estados Unidos e na Europa, a celebração acontece no terceiro domingo de junho.

Sempre estranhei essa diferença, afinal, o Dia das Mães acontece no mesmo dia em muitos países. Fiz algumas pesquisas e descobri que a comemoração em junho tem a ver com o dia de São José, pai de Jesus Cristo. No Brasil, o mês de agosto está relacionado ao dia de São Joaquim, pai de Maria e, consequente, avô de Jesus.

Seja como for, o Dia dos Pais é o momento perfeito para ficar ao lado daquela pessoa tão importante para nós, que ajuda a formar nossos valores todos os dias. Aqui no blog, datas especiais também são comemoradas em formas de listas. No ano passado, trouxe cinco personagens que foram pais em filmes famosos. Desta vez, selecionei pais de livros conhecidos e que ocupam um lugar muito especial no nosso coração. Vamos conferir o Top 5?

Charlie Swan (Saga Crepúsculo)

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Assim que pensei nesta lista, lembrei do pai da Bella, a mocinha dos livros da Saga Crepúsculo. Não sou muito fã da história, mas li todas as partes e sempre tive um carinho pelo personagem. Apesar de ter um jeito durão, ele faz de tudo para ver a filha feliz. Vamos aos fatos? Oferece um carro, arruma um quarto aconchegante, aceita o namoro dela com um cara meio esquisito e ainda aceita o casamento dela com esse mesmo rapaz. Quem conhece todos os detalhes da saga percebeu que, no fim, ele suspeitou da verdade e não falou nada, mas ficou lá firme, forte e fofo ao lado da família. Não por acaso, é o meu personagem favorito de todos da história. É como se ele fosse o nosso pai, sabem?

Steve Miller (A Última Música)

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Sempre recorro aos livros do Nicholas Sparks porque, apesar de seguirem sempre a mesma fórmula, apresentam ótimos personagens coadjuvantes. É graças ao Steve que o enredo de A Última Música se desenrola. Afinal, é ele que recebe os filhos – entre eles, a protagonista Ronnie (vivida por Miley Cyrus no filme, quando ainda era uma mocinha jovem e angelical) – para passar uma temporada de férias. Ele é fofo do começo ao fim, mas Ronnie não o aceita muito bem no início, enquanto seu irmão adora brincar com o pai. Steve faz a gente rir e se encantar, mas principalmente chorar. E quando digo chorar, é chorar muito. Talvez seja por isso que ele tenha me marcado tanto.

Phillipe Rinaldi (O Diário da Princesa)

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Jamais poderia deixar de fora a série de livros mais incrível que eu já li na vida e que marcou minha adolescência/começo de vida adulta. Sim, amigas, estamos falando de O Diário da Princesa. Nos filmes, o pai da minha querida Mia está morto, mas nos livros (que, aliás, são mil vezes melhores do que os filmes) ele está mais vivo do que nunca. Ok, ele não é lá muito presente, mas rende momentos engraçadíssimos. Quem leu sabe que ele sempre se mete em confusão porque resolve arrumar uma namorada nova, que quase sempre é uma jornalista ou modelo bonitona. O príncipe Phillipe também deixa sua mãe, a Rainha Clarisse, de cabelo em pé. Só de escrever já sinto saudade dos livros. Recentemente, a autora Meg Cabot disse que está trabalhando na continuação da série. Será? Nossos corações agradecem!

Papai Walsh (Melancia, Férias, Los Angeles, Tem Alguém Aí e Chá de Sumiço)

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Já disse aqui algumas vezes que sou completamente apaixonada pela família Walsh, retratada em alguns livros da escritora Marian Keyes. Cada uma das cinco filhas tem o seu próprio livro (citados aqui em cima) e até a hilária Mamãe Walsh ganhou seu livro no finalzinho do ano passado. Apesar disso, sinto falta de um livro sobre o único homem desse clã, que também é responsável por muitos momentos engraçados. Na minha opinião, o livro em que está mais inspirado é Los Angeles. Lembro de uma passagem em que ele e toda a turma vão visitar a filha Maggie nos Estados Unidos e todos decidem conhecer a Disneyland. Papai é orientado a tomar cuidado porque quebrou o braço da última vez em um brinquedo. Adivinhem como ele volta desse segundo passeio? Sim, com o braço quebrado na mesma atração. Uma figura!

Bill Tyree (Querido John)

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Aqui está mais um exemplo de personagens pais dos livros do Nicholas Sparks. Só que, ao contrário de Steve, Bill não tem uma relação boa com o filho John, protagonista da história. Na parte inicial do livro, ele é retratado como um senhor introspectivo, cheio de rotinas e horários e apegado a uma coleção de moedas. Mais tarde, descobrimos que esses comportamentos são uma forma de autismo e John se dedica a cuidar dele, o que faz com que se reaproximem. Esse foi o primeiro livro do Nicholas que eu li e na época gostei muito. Hoje percebo que talvez seja um dos mais fracos em termos de história. O que se salva mesmo é justamente essa relação do protagonista com o pai.

Seja qual for a escolha, o mais importante é aproveitar o domingo ao lado do seu pai. Feliz Dia dos Pais! 🙂

Top 5 – Livros para comemorar o Dia dos Avós

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No próximo domingo (26) comemoramos o Dia dos Avós. A data é comemorada aqui e em Portugal e a origem tem a ver com o dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e, consequentemente, avós de Jesus Cristo. Seja como for, a gente sabe que não existe nada melhor do que o amor de uma avó e de um avô. São eles que dão aquele colinho gostoso quando a gente mais precisa, não é mesmo? E a comida então? Tem coisas que a gente experimenta e logo pensa: “Nossa, tem gosto de comida de vó”.

Por isso, a dica é aproveitar que a data cai no final de semana e passar o dia todo ao lado dessas pessoas tão importantes. Como de costume aqui no blog, preparei um top 5 para homenagear todos os avós que existem por aí. No ano passado, fiz uma lista com personagens de filmes. Então, neste ano, selecionei cinco figuras de destaque em livros. Curiosas para saber quem são? Vamos lá:

Nana – Um Homem de Sorte

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Contei aqui algumas vezes que não gosto muito dos livros do Nicholas Sparks porque todos seguem a mesma fórmula. Entre os elementos repetitivos está a presença quase constante de personagens idosos. Eis aqui um exemplo: Nana, avó da mocinha Beth e dona do canil onde o protagonista Logan vai trabalhar. Apesar de ser uma senhora, ela é totalmente ativa e dá os melhores conselhos do livro. Para ser sincera, é a minha personagem favorita da história. Autêntica, sábia e fofa, ela é essencial para fazer com que o enredo deslanche e não fica presa ao lenga-lenga do casal principal.

Noah – O Casamento

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Ele talvez seja o personagem mais clássico do universo do Nicholas Sparks e fez com que todas nós morrêssemos de amor em Diário de uma Paixão. A comoção foi tanta que Noah voltou em O Casamento, só que dessa vez como coadjuvante, já que a história é centrada agora em sua filha Jane. Apesar de ser um dos livros que eu menos gosto do autor, vale a pena pelas passagens do Noah, que se transformou no vovô fofo e cheio de boas lembranças. Aliás, é muito bacana poder saber o que ele fez depois do primeiro livro. Mas já aviso: a trama toda é beeem água com açúcar, daquelas com zero emoção, sabe?

Vivian – Quero ser Vintage

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Postei a resenha deste livro há pouco tempo e geralmente não costumo repetir livros ou filmes nos Top 5 aqui do blog, mas a avó da Mallory foi a primeira personagem que apareceu na minha cabeça quando pensei nesta lista. Aliás, a história toda gira em torno de uma lista feita justamente pela avó da protagonista, que era uma adolescente típica dos anos 60. Mallory decide viver como ela naquela época, mas embarca em uma aventura daquelas. Adorei ver que sua avó hoje em dia é totalmente o oposto daquilo que ela imagina e os diálogos entre as duas são divertidíssimos. Aqui vai uma confissão: queria a avó dela para mim. Alguém mais?

Joy – Em Busca de Abrigo

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Em seu primeiro livro, lançado recentemente no Brasil, Jojo Moyes (minha escritora favorita do momento) prova que é muito boa para criar personagens femininas. Tanto que foca na relação de três mulheres de uma mesma família: avó, filha e neta. A história começa quando Sabine é obrigada a conviver por um tempo com sua avó, Joy, e descobre que ela não é nada fácil. Dona de um temperamento complicado, parece amar mais seus animais de estimação do que sua própria neta e a relação entre as duas não é nada fácil. A situação garante momentos cômicos e passa a ficar mais tranquila com o passar do tempo. O mais legal de tudo é que o prólogo mostra a vida de Joy quando ainda era uma jovem, então a gente fica com a pulguinha atrás da orelha para saber como ela se transformou nessa senhora carrasca…

Sadie – Menina de Vinte

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Ok, ela não é avó, mas uma tia-avó pela qual eu tenho um carinho imenso. Neste livro escrito por Sophie Kinsella (a mesma que eternizou nossa musa Becky Bloom), Sadie é um espírito que resolve infernizar a vida da sobrinha-neta no dia de seu velório. Acontece que ela quer porque quer que a jovem encontre um colar que foi seu por 75 anos para então poder descansar em paz. Só que a fantasminha volta como uma típica garota dos anos 20 e tem dificuldades para aceitar que os costumes atuais são bem diferentes. A partir de então, começa uma história leve, extremamente divertida e comparativa entre duas mulheres da mesma família que não se parecem nem um pouco, mas, com o tempo, descobrem que são mais parecidas do que imaginam.

[Resenha] Apenas Um Ano – Gayle Forman

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Atenção: este post contém spoilers. Se você não leu o livro Apenas Um Dia, é melhor parar por aqui e voltar depois que souber o que acontece na primeira parte da história.

Tempos atrás, postei aqui a resenha do livro Apenas Um Dia, escrito por Gayle Forman (a mesma de Se Eu Ficar e Para Onde Ela Foi). Na época, disse que a história era mais ou menos, mas que estava ansiosa pela continuação. Pois bem, Apenas Um Ano foi lançado no comecinho de maio e eu comprei assim que vi. Fui viajar e cheguei a levar no livro na mala, mas só consegui começar a ler quando estava no avião voltando para o Brasil.

Para quem não sabe, a primeira parte conta a história de Allyson, uma garota de 18 anos que se apaixona por um ator misterioso durante um mochilão que faz pela Europa. Esse ator misterioso é Willem, que a convida para passar um dia em Paris. Depois disso, segue-se uma série de desencontros e lamentações.

Em Apenas Um Ano, a história é contada sob o ponto de vista de Willem. Achei a Allyson muito chata e estava com medo de não gostar deste livro, mas acabei me apaixonando. O começo é parado, mas, aos poucos, Willem se revela um cara muito legal e sensível. Quando percebi, estava viciada e devorando as páginas.

Às vezes o destino ou a vida, ou seja lá como queira chamá-lo, deixa a porta entreaberta e você simplesmente entra. Mas, às vezes, ela tranca a porta e é preciso encontrar a chave, ou arrancar o cadeado, ou colocar a porcaria da coisa para baixo. E, outras vezes, nem mesmo lhe mostra a porta, e é necessário construí-la por conta própria. Mas, se ficar esperando as portas serem abertas para você…”

Logo de início, descobrimos o motivo de Willem ter sumido depois de passar a noite com Allyson. Depois. conhecemos alguns personagens que aparecem no final da primeira parte, como Ana Lucia, a ex doida de Willem. O mais legal é saber que o protagonista também mudou depois de ter conhecido Allyson. Aliás, percebemos que o fato de ter chamado a moça de Lulu e não conhecer seu nome verdadeiro faz com que ele não se perdoe.

O recurso de fazer duas histórias simultâneas é maravilho e, ao mesmo tempo, angustiante. Em alguns momentos, nós, leitoras, sabemos que eles estão no mesmo lugar por conta da primeira parte da história e ficamos irritadas pelo fato de não terem se visto.

O livro também aborda a relação de Willem com a mãe. Até então, eu o via como um cara malandro, crianção e que se gostava de se fazer de sedutor. Mas é justamente nessas passagens em que ele está com a mãe que a gente percebe que ele é normal, com os mesmos problemas que todas nós temos.

Há uma diferença entre perder algo que sabia ter e perder algo que se descobriu ter. Uma é decepção. A outra é perda de verdade”

Assim como fez em Para Onde Ela Foi, Gayle provou que é boa para criar personagens masculinos. Gosto muito de ler livros narrados por eles porque o ritmo de leitura é completamente diferente. Mulheres normalmente são mais melosas e chatinhas, enquanto os homens têm uma visão mais realista. É muito bacana saber que os homens também choram e se apaixonam perdidamente.

Gostei mil vezes mais deste livro do que o antecessor e passei a adorar o Willem. Por mais que a história tenha um desfecho, senti falta de algo a mais, sabe? Por falar nisso, uma ótima notícia para os fãs do casal Mia e Adam, de Se Eu Ficar: neste livro temos uma pistinha bem gostosa de como está a vida deles. Ou seja, este livro se passa alguns anos depois de Para Onde Ela Foi. Mais um motivo para começar a ler agora mesmo!

Avaliação: ♥♥♥♥♥

[Resenha] Quero Ser Vintage – Lindsey Leavitt

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Comprar um livro pela capa e pela sinopse pode ser arriscado, mas pode trazer boas surpresas. Foi assim com o fofíssimo Quero Ser Vintage, escrito por Lindsey Leavitt. Normalmente, sou fiel a um grupo seleto de autores e quase não olho os títulos que são lançados além dos deles. Certo dia, estava passeando pela livraria, quando esta obra me chamou a atenção. Achei a capa bonitinha e o título curioso. Aí li a sinopse e descobri que falava sobre uma garota que ama fazer listas e que decidiu fingir que estava vivendo nos anos 60. Mais ou menos como eu: faço listas sobre qualquer assunto e queria muito ter vivido nos anos 60. Ou seja, comprei na hora.

Fazia alguns meses que o livro estava na minha pilha de histórias para ler. É que outros foram lançados e eu resolvi deixar ele pouquinho de lado. Na verdade, estava certa de que seria algo meia boca. Então fiquei com um tempo livre e decidi que era hora de dar uma chance. Depois de terminar, fico extremamente feliz por ter comprado este livro de forma aleatória porque com certeza foi um dos melhores que li neste ano.

Mallory, a protagonista, é uma adolescente muito bem-humorada que descobre que está sendo traída virtualmente pelo namorado. Traumatizada com a situação, ela decide viver como sua avó quando ela tinha 16 anos. Ou seja, sem celular, tecnologia, internet e por aí vai. Uma típica garota de 1962. O começo parece difícil, mas, aos poucos, Mallory consegue alcançar seu objetivo.

Segundo colegial. Resoluções de volta às aulas:

1. Concorrer para secretária do grupo de motivação.

2. Fazer um jantar/coquetel chique.

3. Costurar um vestido para o baile.

4. Encontrar um namorado.

5. Fazer algo perigoso.”

Mallory decide seguir todos os itens da lista acima, escrita por sua avó, e se depara com alguns obstáculos. Falar no celular é muito mais prático do que falar no telefone com fio. Fazer um trabalho escolar com pesquisas em sites é mais fácil do que depender de mil livros enormes. E tentar se manter offline das redes sociais é uma missão praticamente impossível.

O que mais me fez gostar do livro é que a Mallory é uma garota muito fofa. Ela é tão gente como a gente e me fez ter boas recordações dos meus tempos de escola. Amei também a irmã dela, Ginnie, que é aquela personagem secundária com humor sarcástico que conquista todos os leitores. A confusão da família dela, especialmente no capítulo em que estão na Disneylândia, quase me fez chorar de tanto rir. E claro, o Oliver, o mocinho esquisitão que ganha nossos corações com uma rapidez incrível.

A música não cessa para assinalar minha chegada. Estou no meu baile de segundo ano sozinha. Sozinha. Desacompanhada. Sem ninguém. E a parte mais surpreendente? Está tudo bem.”

Quero Ser Vintage fala muito sobre a independência da mulher e as mudanças que nós conquistamos ao longo das últimas décadas. Fala também sobre o primeiro amor e os dilemas familiares, que são os mesmos em quase todas as casas. Essa fórmula gostosa faz com que a gente se identifique de cara.

É uma história fácil de ser lida? Sim, é e não traz nada de novo. Senti falta de alguns diálogos mais profundos, principalmente na parte do coquetel, que não é descrito quando está acontecendo, e de alguns outros segredos que são revelados no decorrer da narrativa. Mas é tudo tão gostoso, informal e prático que a gente se apega. É quase como se a Mallory fosse nossa melhor amiga ou (no meu caso) uma irmã mais nova.

Indico para todo mundo que esteja em busca de algo leve e divertido para ler. E já peço encarecidamente para a Lindsey publicar mais livros no Brasil. Sim, ela já entrou para o meu seleto grupo de autores preferidos.

Avaliação: ♥♥♥♥♥

[Resenha] Apenas Um Dia – Gayle Forman

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Desde que li Se Eu Ficar e a continuação Para Onde Ela Foi, desenvolvi um carinho especial pela escritora Gayle Forman. Então, assim que soube que o novo livro dela, Apenas Um Dia, tinha sido lançado no Brasil, corri para comprar o meu. Estava morrendo de vontade de saber se a história seria tão incrível quanto a anterior.

Acontece que o livro saiu no fim do ano passado e eu tinha uma pilha enorme de obras para ler, então ele acabou ficando um pouco de lado. Mas logo encontrei um tempinho para começar. E cerca de duas semanas depois, tenho a resposta para a minha pergunta: a história é bem fofa e no estilo que as adolescentes adoram.

Ficou curiosa? Então vamos lá: a trama gira em torno de Allyson Healey, uma garota que parte para um intercâmbio pela Europa depois de terminar a escola e conhece, totalmente por acaso, o jovem e misterioso ator Willem. Ela está prestes a voltar para os Estados Unidos para começar a faculdade quando ele a convida para passar um dia com ele em Paris, cidade que ela sempre sonhou em conhecer. Até então, ela era a típica garota certinha. Mas, quando aceita a proposta, vê sua vida mudar completamente.

Nascemos em um dia. Morremos em um dia. Podemos mudar em um dia. E podemos nos apaixonar em um dia. Qualquer coisa pode acontecer em apenas um dia”

Já tinha lido o primeiro capítulo, então precisei vencer a preguiça para ler de novo. O começo, admito, é bem morno. Até desperta uma certa curiosidade, mas a história alterna momentos em que a leitura flui rapidamente com outros mais arrastados.

O livro é dividido em duas fases, mas eu poderia separá-lo em três etapas. A primeira fala do encontro entre Allyson e Willem e as 24 horas que eles passam em Paris. A segunda se concentra na dificuldade que ela tem para enfrentar a faculdade depois do que acontece na capital francesa e a terceira é quando ela volta para a Europa para tentar localizar o jovem.

Pessoalmente, não simpatizei com o casal. Vi a Allyson como uma menina mimada e prepotente que passa boa parte do livro dando chiliques. O Willem é o típico conquistador barato: tem mil paixões espalhadas pelo mundo e a gente nunca sabe quando está falando sério. De qualquer maneira, torci por eles.

E então sinto a dor de perdê-lo. Ou a ideia dele. Mas juntamente com a dor há algo mais, a princípio silencioso, de modo que tenho que me esforçar para segurá-lo. Ao fazê-lo, ouço o som de uma porta se fechando suavemente. E a coisa mais surpreendente de todas acontece: a noite está calma, mas sinto um fluxo de vento, como se milhares de outras portas tivessem acabado de se abrir de uma só vez”

Apenas Um Dia tem mensagens bonitas, especialmente para quem está naquela fase de se redescobrir e viver o primeiro amor. Também fala muito sobre a relação entre mãe e filha e quanto vale uma amizade verdadeira. O ponto alto, para mim, é o Dee, que Allyson conhece na faculdade e responsável pelos momentos mais puros e sinceros da história.

Achei que o livro vale mesmo pelo final, que é eletrizante. Quando Allyson volta para a Europa, é quase impossível prever se ela vai encontrar ou não Willem. Tudo parece caminhar bem, mas aí surgem imprevistos e nós ficamos em uma dúvida eterna. As últimas páginas são as melhores, mas, para chegar até elas, é preciso passar por todo o drama dos capítulos anteriores.

Gayle Formam provou, mais uma vez, que é boa na arte de prender seus leitores. Ainda prefiro Se Eu Ficar, mas, nessa nova aventura, ela reforça a teoria de que um dia parece pouco, mas é capaz de mudar para sempre a vida de uma pessoa. Isso aconteceu com a Mia e o Adam e agora volta a acontecer com a Allyson e o Willem. E fica a pergunta: nós já tivemos nossa vida transformada em um dia? Quais ensinamentos podemos tirar disso?

São tantas perguntas que a escritora já anunciou a sequência Apenas Um Ano, que chegará em breve às livrarias do Brasil. Difícil mesmo é controlar a ansiedade.

Avaliação: ♥♥♥♥

[Especial 1 ano Fik Dik] Os 10 posts mais lidos do blog

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Eba! Hoje é aniversário do Fik Dik! Há exatamente 1 ano, no dia 10 de abril de 2014, resolvi matar aquela vontade de reviver meus tempos de blogueira e voltar a ter um espaço só meu. Mais que isso, resolvi voltar a ser blogueira para ver se o jornalismo feminino era realmente a minha praia. Na faculdade, descobri que gostava muito de todos os assuntos ligados ao universo das mulheres, mas não sabia se queria trabalhar de fato com isso. Comecei a ler mais revistas do gênero, a me interessar mais por beleza, moda e todos os temas do nosso mundo e, quando vi, já estava envolvida. No meio de um curso ligado ao tema, descobri que era hora de me testar como jornalista/blogueira feminina e criei este cantinho. E não é que deu certo?

Em 365 dias, este blog passou de 25 mil visualizações e tem uma média diária de 150 visitas com picos de 280. O número é baixo? Olha, até é. Se a gente comparar com blogs de meninas que se dedicam somente a isso e contam com toda uma equipe por trás preocupada em negociar parcerias, lançar as garotas nas redes sociais e até a escrever os posts. Eu faço tudo sozinha. E estou só começando. Mas é uma tarefa muito gostosa planejar os posts, pensar nas pautas com meses de antecedência (sou dessas que faz uma tabelinha no Excel três meses antes) e curtir cada avanço. Amo de paixão quando recebo um comentário e me esforço ao máximo para responder todos. Também adoro quando alguma amiga (ou amiga de amiga) me para no Facebook, no Instagram ou até na rua para dizer coisas do tipo: “Amo seu blog”. De verdade, vocês fazem meus dias mais felizes!

Para comemorar, preparei uma lista com os 10 posts mais lidos na (breve) história deste blog:

1.[Resenha] Para Onde Ela Foi – A continuação do livro Se Eu Ficar

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Nunca imaginei que a resenha de um livro pudesse fazer tanto sucesso. Talvez seja o fato de eu ter gostado muito (foi o melhor livro que eu li no ano passado). Ou também a curiosidade que se instalou nas pessoas depois do filme Se Eu Ficar, que é a primeira parte da história. Fato é que este post recebe há meses o maior número de visualizações diárias. Apenas para terem uma ideia, hoje ele sozinho representa mais de 7 mil visitas. Não é impressionante? (Clique aqui para saber mais)

2. [Resenha] Boé Crece Pelo

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Outra resenha muito acessada por aqui. Como o próprio nome diz, o Crece Pelo é um creme que (adivinhem só) promete acelerar o crescimento capilar. Descobri por indicação de uma amiga e resolvi testar, já que sofro muito para deixar meus fios compridos. E aí, deu certo? Bom, eles realmente cresceram de uma forma mais rápida. E como não sou a única mulher desesperada para ter fios longos, vi que muitas leitoras também querem conhecer o produto. É ótimo, viu? (Clique aqui para saber mais)

3. Próximos livros que serão adaptados para o cinema

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A gente adora quando nosso livro favorito ganha versão cinematográfica. Sempre temos aquela curiosidade para saber se os personagens escolhidos são parecidos com aqueles que vivem na nossa imaginação, não é? No ano passado, listei as próximas obras que iriam para as telonas. Das seis citadas, quatro já foram lançadas. Entre elas, essas duas aí de cima do Nicholas Sparks. Ficou curiosa para saber as outras? Só ler o post. (Clique aqui para saber mais)

4. Cinco motivos para ver o filme 3 Idiotas

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O melhor filme que eu vi em 2014 não foi nenhum que concorreu ao Oscar. Também não foi nenhum blockbuster. Trata-se de uma história indiana, descoberta por acaso, que fala sobre a relação de três amigos que se conhecem na faculdade. Nesse tempo todo, percebi que ele não é tão desconhecido assim. Todo dia alguém cai nesse post e tenta ver onde pode baixar (infelizmente não achei o DVD por aqui). É tudo tão lindo, gente! As músicas, a história, o final… (Clique aqui para saber mais)

5. Monopod: a evolução do hábito de tirar fotos

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Comprei meu monopod em setembro do ano passado e, naquela época, ele ainda não era conhecido pelo apelido “pau de selfie”. Eu simplesmente percebi que não ia conseguir ter uma GoPro e apelei para a versão genérica. Desde então, recebo inúmeras visitas de gente interessada em fazer parte desse time. Eu amo tirar fotos e super defendo o apetrecho. Virou um item indispensável na minha bagagem em qualquer viagem. (Clique aqui para saber mais)

6. Desenhos da Disney que viraram filmes

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Foi um dos primeiros que eu escrevi e até hoje está na lista dos meus favoritos. Sou completamente viciada em qualquer coisa relacionada ao universo Disney, especialmente os filmes clássicos que vejo sem cansar mesmo bem grandinha. Há um tempinho, a companhia resolveu fazer versões live-action das histórias mais famosas. No ano passado, o sucesso foi Malévola. Inspirada nele, listei outros longas do gênero. Todos LINDOS ♥ (Clique aqui para saber mais)

7. Como usar Marsala (a cor de 2015 pela Pantone) nas roupas, na make e nas unhas

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Como disse no post, a gente sabe que um ano está prestes a começar quando a Pantone anuncia a cor que será tendência nos próximos 12 meses. Lá em dezembro de 2014, descobrimos que o tom deste ano seria o Marsala, mistura de marrom e vinho pra lá de chique. Assim que soube, tratei de fazer um guia para explicar como usá-la no look do dia, na make-sucesso daquela balada e nas unhas. Pode até parecer uma cor estranha, mas está fazendo o maior sucesso! (Clique aqui para saber mais)

8. Os sapatos do verão 2015

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Não tem jeito. Sempre que faço um post sobre sapatos, o sucesso é quase imediato. E você pode até pensar: “mas nós estamos no outono e as pessoas ainda estão interessadas nas tendências do último verão?”. Sim, elas estão. Acontece que nós vivemos em um país onde o frio é quase inexistente. Daí que as sandálias, as rasteirinhas e companhia ficam em alta praticamente o ano todo. São investimentos que valem MUITO a pena! (Clique aqui para saber mais)

9. [Resenha] 3 Minute Miracle – Aussie

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Mais uma resenha de um produto que a mulherada enlouquece para ter. O Aussie desembarcou no Brasil há um tempo, mas os preços continuam nas alturas. Ou seja, é quase que um item obrigatório para trazer ou encomendar em viagens internacionais. A linha 3 Minute Miracle é realmente o que promete: um milagre capilar em apenas três minutos. Os fios ficam macios, hidratados e brilhantes. Quer mais?  (Clique aqui para saber mais)

10. [Resenha] Matizador Capilar – Eico Cosméticos

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Podemos chegar a conclusão de que muitas mulheres (inclusive eu) confiam nos blogs para saber se um produto capilar é realmente bom. Normal, afinal, confiança é tudo na hora de testar algo para os fios. Mas, olha, posso garantir com todas as letras que o matizador da Eico é uma maravilha para loiras de salão: tira o amarelo, deixa os fios hidratados e dá uma boa segurada nas temidas pontas duplas. Minha cabeleireira indicou, testei e está na minha prateleira até hoje. Resumindo: sou megaviciada!  (Clique aqui para saber mais)

Gostaram de conferir o Top 10 de posts neste primeiro aniversário do Fik Dik? Estou curiosa para saber como será a lista do ano que vem. Até lá, deixo o meu muito obrigada pela companhia de sempre e por me deixarem mais confiante a fazer deste espaço um guia para ajudar as mulheres. Parabéns para o meu filhote e para todos que contribuem de alguma forma!

5 motivos para aderir à moda do livro de colorir para adultos

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Em algum momento da vida, nós sempre pensamos: “Ah que saudade do tempo em que eu era criança”. A rotina de ir para a escola e passar o resto do dia sem muitos compromissos faz falta quando vivemos em uma verdadeira correria. Temos tantas coisas para realizar em único dia que muitas vezes gostaríamos de voltar no tempo e aproveitar melhor a nossa infância.

Esse poder ainda não existe, mas alguns hábitos que tínhamos lá atrás podem ser vividos novamente. Essa é a principal proposta dos livros de colorir para adultos, que começaram a ser vendidos no final do ano passado e viraram uma verdadeira febre. Além de resgatar memórias que ficaram esquecidas, é um hábito que tem inúmeras vantagens. Como o número de adeptos não para de crescer, as chances de esbarrar em alguém andando por aí com um estojo cheio de lápis de cor são grandes.

Morro de saudade dos meus tempos de criança, então amei a ideia. Confesso que achei um pouco estranho no começo, mas foi só ver as fotos das pinturas feitas por alguns amigos que fiquei com vontade de conhecer. Já tenho um exemplar do livro Jardim Secreto (Editora Sextante), o principal do gênero, e posso adiantar alguns motivos que explicam o sucesso. Olha só:

Tem função antiestresse

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Os livros para colorir são muito importantes para as crianças porque estimulam a coordenação motora e despertam o lado artístico dos pequenos. Nos adultos, funcionam de forma diferente. Conforme crescemos, passamos a acumular um número cada vez maior de responsabilidades e aí não tem jeito: o estresse passa a conviver diariamente conosco. Pois aí entra a grande vantagem dos livros. Folhear as páginas, escolher um desenho e então colorir são hábitos que acalmam e relaxam. Duvida? Experimente começar e prestar atenção em tudo que sente. Eu recomendo!

Resgata memórias de infância

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Assim que vi os livros, lembrei de uma tarefa da aula de educação artística em que eu passei horas pintando um desenho abstrato. Aposto que só de ler essa frase você também se lembrou de algum trabalho escolar. É tão gostoso reviver essas memórias que ficaram esquecidas no passado que imediatamente sorrimos e pensamos em coisas boas. É como se pudéssemos reviver aquela criança que mora dentro de nós.

Trabalha o cérebro

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Quando somos crianças, não nos importamos muito em escolher uma determinada cor. Trabalhamos quase que no automático, pegando o primeiro lápis que vemos pela frente e fim (ok, de vez em quando cismávamos em pintar o tronco da árvore de azul).  Para que os tópicos acima tenham efeito, é importante colorir com atenção. Visualize o desenho colorido e escolha os lápis com calma. Pinte sem pressa e deixe a imaginação fluir. Como a maioria dos desenhos é abstrata, a dica é deixar tudo bem colorido para causar aquela sensação de satisfação no final.

Envolve toda a família

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É sempre mais gostoso quando podemos dividir uma tarefa com outras pessoas. Em casa, por exemplo, vou compartilhar o livro com a minha mãe. Eu pinto os desenhos de uma página, ela de outra e por aí vai. Dá para dividir com a irmã, a melhor amiga, a prima… O importante é envolver mais gente e ter a possibilidade de olhar outros desenhos, pedir opiniões e dividir risadas e sorrisos. Não me importo de fazer sozinha algo que seja prazeroso, mas adoro quando tenho mais alguém por perto. Quem concorda?

Cria um hobby

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Conheço meninas que já tinham pintado mais da metade dos desenhos em poucos dias. Todas concordam: é algo viciante. Por conta de todos os itens acima, a atividade fica tão gostosa que ninguém quer parar. Vira um hobby e basta ter um tempinho livre para liberar o lado artístico. Mas, para que o resultado seja positivo, é importante escolher um cantinho aconchegante e bem iluminado para colorir. Também é fundamental ter uma boa postura para não ficar com dores depois. E a proposta é fazer tudo quando tiver vontade, para que o hábito não vire uma obrigação.

 

Gostou da ideia? É uma excelente forma de reviver aqueles anos em que fomos tão felizes.

[Resenha] Um Mais Um – o novo livro de Jojo Moyes

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Já contei neste blog algumas vezes que eu sou completamente apaixonada pela escritora Jojo Moyes. Com certeza, ela é atualmente uma das minhas autoras favoritas. Essa afirmação toda se deve a um simples motivo: todos os livros dela que li até hoje – A Última Carta de Amor, Como Eu Era Antes de Você e A Garota Que Você Deixou Para Trás – são maravilhosos e tiveram o poder de emocionar em vários momentos.

Por isso, quase enlouqueci quando soube que seu novo livro, Um Mais Um (One Plus One, no título original) estava à venda no Brasil. No ano passado, falei aqui que ela tinha lançado esse livro na Inglaterra, mas que ainda não havia uma previsão de quando chegaria por aqui. Pois bem: a obra aterrissou no nosso país no comecinho de fevereiro e eu, que já não me aguentava de tanta ansiedade, corri para garantir o meu.

Para quem não sabe, o livro conta a história de Jess, uma jovem mãe solteira que foi abandonada pelo marido e agora precisa de dois empregos para ganhar o mínimo possível e oferecer o básico aos dois filhos: Tanzie, de 10 anos, e Nicky, de 16. Ele é filho de seu ex com outra mulher, que não quis saber da criança e o entregou para o pai quando tinha apenas 8 anos.

Esta é a história de uma família desajustada. Uma garotinha que era meio nerd e gostava mais de matemática do que de maquiagem. E um garoto que gostava de maquiagem e não se encaixava em nenhuma tribo. E isso é o que acontece com famílias desajustadas: elas acabam arruinadas, falidas e tristes. Nada de final feliz aqui, pessoal.”

Jess trabalha como faxineira e garçonete de um pub. Uma das casas que limpa é a de Ed Nicholls, milionário que enfrenta um processo por ter compartilhado informações confidenciais para se livrar de uma namorada. Expulso de seu emprego, Ed fica refugiado em sua casa de campo (a que Jess cuida). Totalmente focado no andamento de sua sentença, ele acaba sendo muito mal-educado com a faxineira, que passa a odiá-lo.

Em outro momento, ele a encontra trabalhando no pub e, de tão bêbado, dorme em um banco. Jess resolve chamar um amigo e o leva para casa. Nesse momento, ela descobre que ele deixou cair uma grande quantidade de dinheiro, o suficiente para inscrever sua filha em uma Olimpíada de Matemática que daria a chance da pequena ingressar em uma escola para superdotados.

O problema é que a prova acontece na Escócia. Sem saber o que fazer, a mãe pega um carro velho e chama os dois filhos (além de Normam, o grande cachorro da família) para viajar. Só que ela não sabe dirigir e a polícia acaba parando-a. É nesse momento que Ed aparece e resolve levá-los até o local.

Seu coração estava fazendo uma coisa estranha. Nicky colocou a mão no peito, imaginando se era aquilo que se sentia ao ter um ataque cardíaco. Perguntou a si mesmo se ia morrer. Ele descobriu que o queria fazer, no entanto, era rir. Desejava rir diante da grande generosidade de completos estranhos.”

A viagem, que dura alguns dias, é decisiva na vida de todos. No início, Jess não suporta a ideia de olhar para o homem. Mas, aos poucos, descobre que ele tem uma alma muito boa e os dois, claro, acabam se apaixonando. Nicky, que sofria bullying por ser gótico, amadurece ao longo do trajeto e é responsável por salvar sua família.

O livro se passa em grande parte na estrada e rende momentos engraçadíssimos. Tanzie é uma garotinha fofa e muito curiosa que não tem medo de fazer as perguntas mais constrangedoras da vida (Por exemplo: “mamãe, o que é pervertido?”). Norman, o grande cachorrão que se revela um anjo da guarda, é descrito como um animal de cheiro forte e que sofre de problemas intestinais. Ou seja, também é garantia de muitas risadas.

O nome da obra, Um Mais Um, pode ter vários significados. Um deles faz referência aos novos modelos de família. Jess não tem marido, cuida de um filho que não é seu e encontra um homem pelo qual suas crianças também se apaixonam. Outro significado é a relação com a matemática, disciplina que rege a vida de Tanzie. E a soma representa união, ou seja, algo que só vem a acrescentar.

Honestamente? Não posso lhe dizer o que ela pensou. Mas posso lhe dizer que pessoas em situações de aperto fazem coisas que são idiotas, impulsivas e insensatas. Vejo isso todos os dias. As pessoas fazem loucuras pelo que julgam ser os motivos certos, e umas se safam, outras, não.”

Acabei demorando para começar a ler, mas, assim que abri a primeira página, a leitura voou de forma impressionante. Ao todo, levei duas semanas para concluir. Se estivesse com tempo livre, tenho certeza de que esse prazo seria bem menor. Como acontece em todos os livros da Jojo, o começo é mais parado e serve para ambientar a trama, que se desenvolve de maneira impressionante. Resultado? Não dá vontade de parar de ler (em um dia, fui dormir às quatro da manhã porque não conseguia largar a história).

Um Mais Um não me fez chorar como Como Eu Era Antes de Você e não teve um final surpreendente como A Última Carta de Amor, mas me conquistou pela simplicidade. Um enredo tão prático e tão próximo da realidade que impressiona. Afinal, todo mundo conhece uma – ou mais – Jess. E para quem gosta de cães, assim como eu, o livro é ainda mais saboroso. Norman é aquele cachorro bobão e muito companheiro que faz de tudo para proteger sua família.

Dos livros que eu já li neste ano, foi o melhor. Indico para quem está em busca de algo leve, divertido e emocionante. E digo mais: Jojo nunca decepciona. Já estou no aguardo de suas próximas publicações, entre elas a continuação de Como Eu Era Antes de Você.

Avaliação: ♥♥♥♥♥

[Resenha] O Resgate – Nicholas Sparks

O Resgate

Sempre que penso em alguma lista de livros, é quase impossível deixar de fora um título do Nicholas Sparks. Quando eu descobri o autor, em 2010, fiquei completamente viciada e lia em sequência todos os livros que eram lançados no Brasil. Depois de um tempo, comecei a pegar um bode eterno dele e hoje até compro as obras que são lançadas com muita euforia, mas demoro meses para ler.

Acontece que, depois de um tempo, percebi que ele repete a mesma fórmula em todos os livros. A história sempre se passa em uma cidade minúscula da Carolina do Norte, a mocinha é sempre a atração da cidade, o cara é fortão e um dos dois vive nas sombras de um trauma do passado. A bomba explode em determinado momento e, na maioria dos casos, alguém morre.

E sempre existe alguém carismático – crianças, cachorros e até velhinhos simpáticos. Imaginem que eu já li mais de 15 obras dele, então praticamente não existe mais surpresa durante a leitura.

Foi assim com O Resgate. Para terem uma ideia, comprei meu exemplar no meio do ano passado e só li agora. Ele ficava na minha prateleira e sempre pedia por atenção, mas começava a folhear as primeiras páginas e o bode aparecia. Até que resolvi tentar e terminei mais rápido do que imaginava.

Amar alguém e ser amado é a coisa mais preciosa. Foi o que me permitiu seguir em frente, mas você não parece perceber isso. Mesmo quando o amor está bem na sua frente, você escolhe lhe dar as costas. Você está sozinho porque quer estar”

A história gira em torno de Denise Holton, mãe solteira de Kyle, um garotinho de quase cinco anos que ainda não consegue formar frases e se comunicar de maneira correta. Em um dia de tempestade (outro fator comum nos livros do Nicholas), ela bate o carro e fica desacordada. Quando volta a si, percebe que o filho sumiu – daí o nome O Resgate.

Quem se empenha na busca é Taylor McAden, voluntário do Grupo de Bombeiros. Não demora muito, é claro, para os dois se apaixonarem. O começo é lindo e eu gostei porque a Denise, ao contrário das outras mocinhas do autor, é uma mulher de atitude. É ela que comanda todo o relacionamento, do começo ao fim.

Só que Taylor, adivinhem, tem um problema muito forte com seu passado. Ele se sente responsável pela morte do pai e acredita que, por conta disso, não merece ser feliz. Essa é a razão que faz com que ele não se envolva completamente com nenhuma mulher e o motivo de muitas e muitas brigas com Denise.

E você não sabe o que eu sei. Que Kyle tem mais coração, mais espírito do que qualquer criança que já conheci. Você saberia que Kyle é o filho mais maravilhoso que qualquer mãe poderia desejar. Saberia que, apesar de tudo, ele é a melhor coisa que já me aconteceu. É o que há de bom na minha vida”

O mais bacana do livro? Descobrir que Kyle foi inspirado em Ryan, filho do Nicholas. Em uma nota publicada no final da história, ele conta que também sofreu para descobrir o problema da criança e que se dedicou a treinar com o pequeno todos os dias até que ele ficasse bem.  Denise é inspirada em Nicholas. Ela desconfia dos médicos e educa o filho constantemente. De fato, Kyle é apresentado como um garotinho muito fofo responsável pelos momentos mais divertidos da obra.

Sinceramente? Não vi nada de muito novo nesse livro. É apenas a boa e velha fórmula do Nicholas explorada em outros temas. Aqui, os pontos fortes são determinação, família, superação e, como não poderia deixar de ser, amor. Quem nunca leu um livro do Nicholas até pode achar muito bom.

Mas, para mim, foi uma obra mediana do autor. O começo é até bom e estimula a leitura, mas tudo se resolve de forma muito rápida para então cair unicamente no romance entre os protagonistas. Não teve nenhum elemento que fosse capaz de me surpreender (como aconteceu em histórias dele que eu li recentemente, como Uma Longa Jornada e O Guardião). De maneira geral, é um livro bom para quem procura algo para ler rapidamente.

Avaliação: ♥♥♥

[Resenha] Livro Simplesmente Acontece – Cecelia Ahern

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Muita gente que eu conheço é fã da autora Cecelia Ahern. Eu a conheci por conta do filme P.S. Eu te Amo, inspirado em um livro seu. Não gostei do longa e peguei uma birrinha terrível da escritora. Em 2013, resolvi dar uma chance e li O Livro do Amanhã. A história até era bonitinha, mas fiquei um pouco confusa.

Não pensava em ler outra obra dela, até que uma amiga me disse que tinha amado o livro Simplesmente Acontece. Já tinha visto a capa dele algumas vezes, sabia que ia virar filme (que, aliás, já está em cartaz), mas não me convenceu muito. Acabei comprando para ver se era tudo isso mesmo e gostei logo de cara.

A história gira em torno de Rosie e Alex, melhores amigos desde a infância. Eles crescem, passam pela adolescência e então descobrem que Alex vai ter que se mudar para os Estados Unidos, pois seu pai recebeu uma proposta de emprego por lá. O que poderia representar o término da relação entre os dois só faz com que o vínculo seja mais forte. Eles continuam se falando e fazendo planos para o futuro, até que Rosie engravida na noite do baile de formatura.

Alex e Rosie em cena do filme e interpretados por Lilly Collins e Sam Clafin

Alex e Rosie em cena do filme e interpretados por Lilly Collins e Sam Clafin

O nascimento de Katie faz com que Rosie permaneça na Irlanda, desista de entrar na faculdade e viva trabalhando em locais ruins que lhe pagam um salário baixo. Alex, por sua vez, passa a estudar medicina e logo se torna um importante cirurgião. Apesar de ser apaixonada por Alex, ela não tem coragem de assumir o que sente e sempre dá aquela velha desculpa de que o importante é que ele seja feliz (quem nunca?).

Simplesmente Acontece nada mais é do que o relato dos acontecimentos da vida. Tanto Rosie quanto Alex se casam com pessoas que não amam, vivem fazendo escolhas erradas, formam famílias e precisam lidar com a frustração para amadurecem. É mais ou menos o que acontece com todas nós.

O mais bacana é que o livro é inteiramente narrado em forma de cartas, mensagens, e-mails e outras formas de contatos escritos. Por isso, é uma leitura gostosa, prática e informal. E como toda boa história, alterna momentos tristes com outros engraçadíssimos, principalmente quando a Ruby, a melhor amiga de Rosie, aparece. Outra parte muito divertida é a conversa na sala de bate papo dos divorciados.

As minhas juntas decidiram fazer greve. Estavam todas esparramadas de maneira preguiçosa pela cama, segurando cartazes e gritando: “estamos em greve! Estamos em greve”. Os quadris eram os líderes da conspiração” (Ruby)

Talvez o sucesso da obra esteja na proximidade com a realidade. Além da escrita leve, tem todo aquele mistério que sempre cerca a amizade entre um homem e uma mulher. Afinal, será que dá para ter um amigo ou você vai acabar se sentindo atraída por ele? E no caso do homem, dá certo?

Como começa quando os protagonistas são crianças e termina quando eles chegam aos 50 anos, o livro é bem longo com quase 500 páginas. Mas prende tanto que a leitura flui de forma rápida e sem que o leitor perceba. Tudo o que queremos saber é se os dois finalmente ficarão juntos.

Apesar de todos os pontos positivos, achei que alguns trechos se arrastam, especialmente quando Rosie está com 26 e 32 anos. Em alguns momentos, a narrativa é um pouco lenta e não acontece nada de novo. Em compensação, os últimos capítulos são totalmente atropelados. Em um momento, Rosie está com 40 anos e, na página seguinte, tem 50. Deu a impressão de que a Cecelia Ahern perdeu o rumo da história e precisava terminar logo.

Não sei ao certo se a promessa que fizemos quando crianças era um pouco realista, de ficarmos lado a lado para sempre, mas continuamos a ser amigos em lados diferentes do oceano por mais de vinte anos, e tenho certeza de que isso é uma proeza” (Rosie)

É bonitinho, muito bem escrito e ficou longe da piração de O Livro do Amanhã. Mas é tão real que não me surpreendeu. Eu teria feito um final diferente e mais dramático. De qualquer forma, é a pedida ideal para quem procura um romance divertido e diferente.

Avaliação: ♥♥♥♥