10 motivos que fizeram Boogie Oogie ser a melhor novela dos últimos tempos

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Esse talvez seja o único post deste blog que eu escrevo com um aperto muito grande no meu coração. Gosto de novelas desde que me entendo por gente e já acompanhei várias histórias, mas recentemente era difícil algo me prender em frente à televisão. Até que começou Boogie Oogie e eu passei a ver sem esperar muita coisa. Quando percebi, estava completamente viciada (tipo seriado norte-americano).

Nesta sexta (06), depois de oito meses no ar, a novela chega ao fim. A tristeza que toma conta de mim quando digo isso é que, como ela ocupa a faixa das 18h, eu programei para gravar os capítulos todo esse tempo. Resultado: em quase 27 anos de vida, foi a única novela que eu vi do começo ao fim, sem pular nada. Desse modo, é normal a gente se apegar, vai? Antes de pegar meu lencinho e dizer adeus, preparei uma lista dos motivos que fizeram com que fosse a melhor novela que eu vi nos últimos anos. Dá uma olhada:

1. Trama rápida e ágil

Um dos melhores barracos da novela, para mim, foi quando o Elísio (Daniel Dantas) descobriu que tinha sido traído pela esposa Beatriz (Heloísa Perissé)

Um dos melhores barracos da novela, para mim, foi quando o Elísio (Daniel Dantas) descobriu que tinha sido traído pela esposa Beatriz (Heloísa Perissé)

Ninguém esperava muita coisa da novela, até porque o autor – o português Rui Vilhena – era desconhecido do público e fazia sua estreia na Globo. Acontece que todo mundo acabou surpreendido. Nos primeiros meses, a história se apresentava com um ritmo frenético. Toda semana, acontecia uma bomba. Perder um capítulo significava ficar para trás e deixar de saber como foi revelado um dos vários segredos da história. Essa forma de escrita agradou tanto que a novela foi esticada. Só que, nessa altura da vida, não sobrou muita coisa para contar e aí o final acabou se arrastando um pouco.

2. História fácil

Danielle (Alice Wegmann) e Rodrigo (Brenno Leone) se apaixonam, descobrem que são primos e decidem se casar mesmo assim

Danielle (Alice Wegmann) e Rodrigo (Brenno Leone) se apaixonam, descobrem que são primos e decidem se casar mesmo assim

No ano passado, a Globo passou por uma crise em suas novelas por conta dos enredos que usavam temas complexos como mistério e tecnologia. Sempre digo que sou fã daquela velha fórmula composta por um casal que sofre para ficar juntos porque vilões fazem de tudo para separá-los. Boogie Oogie apostou nessa ideia (e misturou outros clichês como troca de bebês, filhos fora do casamento, famílias ricas x famílias pobres, machismo e namoro entre primos) e olha só como funcionou.

3. Trilha sonora

É só a Debbie Harry começar a cantar que eu sinto vontade de sair dançando pela casa

É só a Debbie Harry começar a cantar que eu sinto vontade de sair dançando pela casa

Para quem não sabe, Boogie Oogie se passa no final dos anos 70 e se aproveita muito da era disco. Por isso, a trilha sonora é recheada de clássicos da época, como Heart of Glass, do Blondie. Your Song, do Elton John e tema do casal de protagonistas, talvez seja uma das poucas músicas do repertório que não é animada. Tudo é tão gostoso que basta ouvir para querer saí por aí dançando, de preferência na boate que dá nome à novela.

4. Figurino

Olha aí a Vitória (Bianca Bin) esbanjando magreza com seus tops e sandálias com meias

Olha aí a Vitória (Bianca Bin) esbanjando magreza com seus tops e sandálias com meias

Ok, sei que muita gente criticou as roupas usadas pelos atores, mas eu achei que alguns figurinos eram incríveis. Está certo que houve alguns erros em relação à época (certas personagens tinham cabelos lisos demais para uma década onde o permanente era vida), mas era bacana ver como cada mulher tinha o seu próprio estilo. A Sandra era riponga e amava calças de boca sino, a Vitória preferia sandálias altas com meias, a Dani gostava de uma pegada mais punk e a Susana investia pesado em um visual rocker. Minha favorita era a Diana, toda lindona com suas franjas folk.

5. Vilões carismáticos

Sempre ria com as desculpas esfarrapadas do Fernando e aprendi a gostar da Suzana

Sempre ria com as desculpas esfarrapadas do Fernando e aprendi a gostar da Susana

Faço parte do time que prefere os antagonistas. Eles são divertidos, ousados e fazem coisas tão absurdas que a gente acaba gostando e torcendo para que eles se deem bem. Quando as primeiras chamadas da novela foram ao ar, tive a impressão de que a Susana (Alessandra Negrini) seria a grande vilã. Até achava ela chatinha no começo, mas passei a gostar muito dela no final. O próprio Fernando (Marco Ricca) é o típico anti-herói que a gente curte: trai a esposa com várias mulheres e dá todos os golpes possíveis, mas nos faz rir de uma forma incrível. Por fim, a Carlota (Giulia Gam) é aquela vilã clássica que roubou todas as atenções e se tornou o foco dos últimos capítulos.

6. Marco Pigossi

Favor não reparar na cara de tonta da pessoa aqui que tremia tanto que não conseguiu tirar uma simples selfie

Favor não reparar na cara de tonta da pessoa aqui que tremia tanto que não conseguiu tirar uma simples selfie

Taí a razão pela qual comecei a ver a novela. Tem gente que prefere o Cauã Reymond ou o Caio Castro, mas eu paro qualquer coisa que estiver fazendo só para ver o Pigossi na televisão.  Já sabia que ele seria o protagonista dessa novela, então a ansiedade para vê-lo no papel foi enorme. Não sei se é impressão minha, mas ele estava mais bonito do que nunca como o piloto Rafael. Para completar, tive a incrível oportunidade de conhecê-lo na Beauty Fair do ano passado e fiquei ainda mais encantada porque ele foi simpático e muito educado com todas as pessoas.

7. Protagonistas com química

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Uma novela até pode ser boa, mas perde um pouco da graça se os protagonistas não têm aquela química que a gente tanto espera.  Não podemos dizer isso de Boogie Oogie. Tive minhas dúvidas quando soube que o Pigossi faria par com a Isis Valverde, mas deu tão certo que eu torci para os dois ficarem juntos desde o primeiro capítulo. A cena em que eles trocam o primeiro beijo é uma das minhas favoritas de toda a trama e mesmo depois de se acertarem de vez, eles continuaram a ser fofos (melosinhos demais para o meu gosto, mas tudo bem).

8. Destaque para os atores mirins

A atuação da Giovanna foi tão boa que ela levou o prêmio Melhores do Ano

A atuação da Giovanna foi tão boa que ela levou o prêmio Melhores do Ano

A maioria dos personagens interpretados por crianças me irrita profundamente. Existe sempre aquela mania de representá-los de forma infantil, com vozes e expressões que os deixam bem chatinhos. Eis que surge a Claudia (Giovanna Rispoli), irmã da protagonista. Mesmo com suas maria-chiquinhas e seus inseparáveis patins, ela foi responsável pelos momentos mais divertidos da história. Da mesma forma, o adolescente Serginho, irmão do Rafael, usava seu lado fofoqueiro para espalhar as maiores polêmicas da história.

9. Betty Faria em seu melhor papel

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Sei que ela já fez ótimas interpretações em sua carreira, mas fiquei tão apaixonada pela Madalena que precisava de um tópico só para ela. Mãe de Fernando e dona de toda a grana da família, começa a novela sendo avó da Vitória, mas descobre que, na verdade, é avó da Sandra. Feliz da vida, é uma senhora elegante e muito divertida que vive com a agenda cheia de compromissos. E não se importa nem um pouco de pagar micos como cantar na boate, participar de concursos de dança e por aí vai. Para resumir, é muito gostoso ver atores veteranos fazendo papeis tão inspiradores (passei a novela toda falando que queria ser igual a Madalena quando chegasse na idade da dela).

10. Os personagens secundários

Tão bonitinho acompanhar a história desse velhinho apaixonado, não acham?

Tão bonitinho acompanhar a história desse velhinho apaixonado, não acham?

A vida dos protagonistas foi resolvida de forma rápida, o que deu abertura para conhecermos as histórias igualmente deliciosas dos personagens secundários. Apesar de ter saído antes do fim da novela, a Inês (Deborah Secco) era linda e uma ótima amiga, daquelas que a gente queria ter sempre por perto. O Tadeu também era engraçadíssimo, assim como o rabugento Vicente (Francisco Cuoco). O bandidão Homero, talvez o que mais entrou na vibe dos anos 70, tinha expressões que me fizeram rir em vários momentos.

9 motivos que fizeram 2014 ser o melhor ano da sua vida

Parece que foi ontem que nós estávamos comemorando a chegada de 2014 e agora ele já está prestes a ir embora. A vida anda tão agitada que 365 dias passam voando, não é? Está com a sensação de que não fez nada neste ano? Então é melhor repensar. Sim, deu a impressão de que foi tudo muito rápido, mas 2014 foi maravilhoso para nós, mulheres. Não me lembro de um ano com tantos acontecimentos ao mesmo tempo. Quer ver só? Dá uma olhada nessa retrospectiva:

A Copa (mais divertida) do mundo foi aqui

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A gente começou o ano imaginando como o Brasil conseguiria receber o maior evento esportivo do mundo (#imaginanacopa). Quando ela estava quase chegando, muita gente foi para a rua para protestar contra (#nãovaitercopa), mas teve quem batesse o pé e afirmasse que tudo daria certo (#vaitercopasim). Como boa fã de futebol, me surpreendi por ter vivido a edição brasileira da Copa somente quando ela já estava acontecendo.

Foi tão divertido, não foi? Combinar em que lugar você iria ver os jogos, os gringos – e os falsos gringos – espalhados por aí e até a bebedeira sem fim no meio da semana (até hoje não sei como nossos fígados sobreviveram a tantos eventos). E, no fim, tive uma das experiências mais incríveis da minha vida, que foi assistir a uma partida da semifinal no estádio aqui em São Paulo. Valeu cada madrugada em claro tentando comprar o ingresso. Sinceramente? Queria Copa no Brasil todo ano!

A TV aberta está melhorando

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Lá em janeiro, assistimos o primeiro beijo gay em uma novela das nove. A cena foi tão linda e esperada que teve até comemoração no prédio ao lado do meu. Daí entramos em uma fase péssima com novelas que não faziam o menor sentido, até que a Copa acabou e ficamos alucinadas com a estreia de Império. Eu também arrisco dizer que Boogie Oogie, que está no ar no horário das seis, é uma das melhores novelas de todos os tempos. O horário não é muito bom para nós, trabalhadoras, mas eu gravo todo dia e adoro. Lá em casa, inclusive, todo mundo para na hora de assistir.

E eu, como defensora dos reality shows, devo dizer que fiquei completamente viciada no programa MasterChef. Nunca liguei muito para competições culinárias (até porque sou péssima na cozinha) e não me empolguei muito com a versão brasileira que estreou na Band. Até que parei no canal um dia, totalmente por acaso, e não consegui mais mudar. E o mais bacana: não teve mulher gostosona e homens bonitões que passaram meses confinados em uma casa sem fazer nada. Aqui os participantes ralaram muito – e nós também aprendemos a preparar (ou pelo menos tentar) pratos deliciosos.

Conhecemos produtos de beleza incrivelmente bons

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Como imaginar a vida sem o MiraCurl, aquele aparelho maravilhoso que enrola nosso cabelo de verdade em questão de minutos? Que produto sensacional, gente! Arrisco a dizer que ele já faz parte das melhores invenções feitas para as mulheres. E o shampoo seco, que já existe há um tempinho, mas ganhou muitas adeptas, inclusive eu, neste ano. Não dá mais para viver sem ele.

Outro item que mudou a minha vida em 2014 foi o Crece Pelo, uma máscara de tratamento fitoterápico que, como o próprio nome diz, ajuda no crescimento do cabelo. No começo do ano, fiquei com o cabelo curto demais para o meu gosto e o creme foi a solução perfeita. Publiquei uma resenha sobre as minhas impressões e o post é um dos mais lidos do blog.

A moda nunca foi tão acessível

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A parceria entre grifes renomadas e lojas de fast fashion começou há bastante tempo, mas eu quase enlouqueci com a velocidade e quantidade de opções neste ano.  A C&A, por exemplo, acertou em cheio com coleções maravilhosas ao lado de marcas como Lilly Sarti, Ateen e a segunda colaboração com a Pat Bo, inspirada na boneca Barbie. Bati cartão na C&A do shopping aqui ao lado de casa praticamente a cada 15 dias, mas não me arrependo de nenhuma compra.

Outra parceria importante e que vai marcar o mundo da moda em 2014 foi da Riachuelo com a Versace. Não sou a maior das fãs da grife e achei algumas peças um pouco poluídas, mas não dá para negar que a mulherada pirou. Fiquei mais animada quando vi o desfile, preparado como se fosse um parque de diversões. Tão lindo que eu tive que comprar uma blusinha rosa bem fofa (e a mais barata da coleção porque os preços estavam lá erm cima).

E o que dizer da nossa amada Forever 21 que finalmente pisou em solo brasileiro com precinho dos States? Não me arrependo nem um pouco de gastar 40 minutos na fila aqui em São Paulo e mais uma hora na loja do Rio. E vem mais coisa boa por aí, viu? Só nos resta aguardar…

Os filmes de mulherzinha bombaram

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Ou melhor, os filmes adaptados em livros. Nos primeiros meses do ano, tivemos a estreia de A Menina Que Roubava Livros. Logo depois, veio a primeira parte da saga Divergente, que já deixou um legado de fãs (tipo eu) que aguardam ansiosamente pelo segundo episódio em 2015. E A Culpa é das Estrelas, então? A adaptação agradou tanto quem já tinha lido o livro como quem não conhecia a história.  No fim, todo mundo precisou segurar o choro.

Outro filme fofíssimo é Se Eu Ficar, lançado no segundo semestre. O trailer parecia meia boca e eu assisti só por curiosidade, mas não esperava me apaixonar tanto pela história. Tanto que li o livro e, em seguida, corri para a continuação da aventura, o livro Para Onde Ela Foi, que é igualmente lindo.

E teve outras adaptações: a terceira parte de Jogos Vorazes, Garota Exemplar, Maze Runner, O Doador de Memórias e por aí vai. Já deu para ver que é um gênero que vai continuar em alta por muito tempo.

A música ficou ainda mais globalizada

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Meu iPod nunca teve artistas de tantas nacionalidades diferentes. 2014 foi mesmo o ano de novas descobertas musicais. Teve a banda Bastille, que é de Londres e me conquistou com a música Pompeii. Teve a dupla norueguesa Nico & Vinz, que fez todo mundo dançar ao som de Am I Wrong e teve também a Lorde, cantora neozelandesa com estilo gótico e vozerão que debutou no mundo da música aos 17 anos.

E, claro, tivemos novas artistas que já entraram para o time de divas. A rapper australiana Iggy Azalea adora chocar, é cheia de atitude e tem um time de fãs que só aumenta. Já a Ariana Grande foi reconhecida mundialmente neste ano. Até quem não gosta dela (ou daquele aplique horroroso que ela insiste em usar) dançou muito com Problem e Break Free.

Nunca tivemos tantas exposições bacanas

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E nunca tivemos tantas filas para ver as tais exposições, não é mesmo? No início do ano, o MIS foi palco da exposição em homenagem ao David Bowie e viu um público muito grande em todos os dias. O número de visitantes fez com que o museu se interessasse em fazer uma mostra para comemorar os 20 anos do programa infantil Castelo Rá-Tim-Bum. Eles esperavam atrair apenas os fãs do programa, mas o resultado é que as filas são longas todos os dias e os ingressos costumam acabar em horas. Com toda a certeza do mundo, foi a exposição mais bem feita que eu já vi. Valeu cada centavo. Deu tão certo que a exposição, que terminaria em outubro, foi esticada até janeiro.

Filas eternas também foram vistas durante a exposição Obsessão Infinita, que mostrou os trabalhos da artista japonesa Yayoi Kusama. Parecia ser uma obrigação tirar uma selfie em meio às bolinhas azuis e postar no Instagram. O auê continua com a exposição do Salvador Dalí, inaugurada em outubro, mas ainda lotada, e com as esculturas hiper-realistas do australiano Ron Mueck, que ficam em cartaz até fevereiro.

A valorização da comida simples e gostosa

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Se temos alguma certeza sobre 2014 é que foi um ano em que nós nos deliciamos muito com alguns quitutes. O segmento de food trucks, nome chique para as comidas de rua, cresceu de uma maneira impressionante. O número de trailers, barracas e veículos que servem pratos aumentou tanto que foi preciso abrir um espaço para reunir boa parte deles, o Butantan Food Park. Que delícia de lugar! Vou lá sempre e peço desculpas por fugir da dieta, mas me acabo com tanta coisa trash e saborosa.

No primeiro semestre, vimos a explosão dos bolos caseiros. Depois da onda dos brigadeiros gourmet e dos cupcakes, chegou a hora de voltar à infância e comer sem culpa aqueles bolos simples e gostosos, como os de banana, laranja, coco, cenoura (meu favorito) e fubá. São tantas casas especialistas que abriram por aí que fica até difícil escolher qual é a melhor – mas vale lembrar que a Bolos do Frei está, com certeza, no topo da minha lista.

E as paletas mexicanas? Os picolés em formato diferenciado, cremosos ou recheados com leite condensado e nutella, estão fazendo o maior sucesso e prometem continuar em alta no verão. Não sou uma fã enlouquecida, mas confesso que não tem nada mais gostoso do que um sorvetinho desses nos dias de calor.

O Fik Dik nasceu

Em oito meses de blog, somei mais de 8 mil visualizações, 115 posts (sendo que o mais lido tem mais de 350 acessos), 2.500 seguidores no Instagram e visitantes de 65 países. Tá bom ou não tá?

Em oito meses de blog, somei mais de 8 mil visualizações, 115 posts (sendo que o mais lido tem mais de 350 acessos), 2.500 seguidores no Instagram e visitantes de 65 países. Tá bom ou não tá?

Pois é, não dava para fazer este post sem falar deste humilde blog, que nasceu no dia 10 de abril. Fazia quatro anos que eu tinha abandonado esse mundo, mas já sentia uma vontade de voltar desde 2012. Então participei de um curso muito bacana sobre jornalismo feminino, descobri que eu gosto mesmo desse universo das mulheres e não consegui mais adiar meu retorno. O mais bacana é que foi um projeto que começou pequeno e tímido, mas está crescendo e me dá muita felicidade todos os dias. É muito gostoso acompanhar o número de visualizações do blog, pensar nas pautas dos posts, e encontrar amigos, familiares e conhecidos que dizem que estão adorando o Fik Dik. Muito obrigada mais uma vez!

2014 foi um ano muito bom para mim. Depois de dois anos bem agitados e turbulentos, estava precisando de um tempo com muitas conquistas, sonhos e planos. Posso dizer que entrará na lista dos melhores anos da minha vida, aqueles que dão saudade só de pensar. Aliás, já estou começando a sentir falta!

Por que Alto Astral promete ser a salvação para as novelas das sete

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Quem me conhece sabe que eu faço questão de sentar no sofá para assistir o primeiro capítulo de uma novela, principalmente quando tenho a impressão de que ela será boa. Devo confessar que este ano não estava lá essas coisas no quesito folhetim. No horário das 19h, a situação estava ainda pior. Começamos 2014 com Além do Horizonte (que até hoje eu não entendi nada) e depois Geração Brasil, que prometia ser um sucesso, mas foi um verdadeiro desastre. Se eu assisti três capítulos inteiros, foi muito. Então não fiquei muito animada quando pipocaram as primeiras informações sobre Alto Astral. Mesmo assim, cheguei em casa bem rápido para ligar a TV no horário certo e conferir o capítulo de estreia. E não é que acabei surpreendida? A novela parece ser bem fofinha e tem tudo para conquistar o público. Explico em seis itens:

O enredo é simples e fácil de entender

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Pense rápido: quantas vezes você já viu uma novela em que a mocinha é disputada por dois irmãos? Inúmeras, não é? Pois essa fórmula, que deixou muita gente brava antes mesmo de ser colocada em cena, é exatamente o que as pessoas gostam de ver. Além do Horizonte tinha aquela pegada de mistério e uma vibe meio Lost que não funcionou para o ritmo de uma novela. Já Geração Brasil apostou em uma linguagem extremamente tecnológica e se perdeu. Noveleiro que é noveleiro gosta mesmo é de romances açucarados, com protagonistas chatos e bobos e vilões bem do mal. E rolam alguns boatos de que a Nathalia Dill e o Sergio Guizé estão juntos na vida real. Química, pelo menos, dá para ver que eles têm. Gostei dos dois e já estou na torcida para que tudo dê certo no último capítulo.

A volta da comédia

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Não que eu seja fã desses pastelões que às vezes aparecem, mas até onde sei o horário das 19h é reservado justamente para apresentar tramas mais leves e descontraídas. Na novela anterior, até tínhamos alguns elementos de comédia, mas eram tão escrachados. Por enquanto, vimos que a Claudia Raia vai interpretar uma mulher louca que diz ter poderes sobrenaturais, mas na verdade não tem dom nenhum. E deu para perceber que também teremos aquelas famílias enormes, que gritam o tempo todo, mas que se amam de verdade. Tá cheio de gente assim por aí, né?

Elementos de sucesso

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Quer saber o que mais dá audiência nas novelas? Crianças fofinhas e tramas espíritas. Então por que não juntar as duas coisas? O espírito de uma menina com jeito angelical e vestido rodado é responsável pelo encontro dos mocinhos. Isso porque o galã é médium e constantemente nota a presença de gente do além. Sim, eu sei que esse tema já está megasaturado, mas parece que os fantasmas são apenas detalhes da história. Ainda não dá para saber se é verdade, mas vale dar uma chance.

Música-chiclete? É pra já!

Talvez você não conheça a Banda Malta, mas com certeza já ouviu o refrão do momento: “Diz pra mim o que já sei, tento tanta coisa nova pra contar”, certo? O grupo venceu a primeira edição do reality show Superstars e lançou essa música há alguns meses. Acontece que a Globo escolheu a canção para ser tema do casal protagonista e fez questão de apertar o play em todos os teasers, trailers e em qualquer cena em que eles apareçam, mesmo se estiverem sozinhos. Esse é um bom recurso para conquistar público, sabia? Então pode respirar fundo porque o single vai tocar muito até ninguém aguentar mais.

Identificação com os personagens

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Esqueça os donos de empresas de tecnologia e criadores de ilhas artificiais. Eles saíram de cena e deram lugar a tipos mais comuns do cotidiano, como médicos e atletas. A mocinha, por exemplo, é jornalista. Só isso basta para explicar que super me identifiquei com ela. Sem falar que eu tenho um certo carinho pela Nathalia Dill desde que ela arrasou fazendo uma das melhores vilãs de Malhação, em 2008. E por falar nisso, AMEI o figurino dela nesta novela. Pode levar tudo, produção?

Influência de outras novelas

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Talvez pela urgência em melhorar a audiência no horário, a novela se utiliza de muitos recursos que fizeram sucesso em outros folhetins. Além das crianças fofas e irritantes e da pegada espírita, tem também o fato de se passar em uma cidadezinha fictícia. Adoro quando eles criam esses locais porque o clima é tão gostoso que dá vontade de morar lá. Quando o primeiro capítulo terminou, senti uma mistura de Coração de Estudante e Escrito nas Estrelas, duas novelas que moram no meu coração para sempre.  Se seguir essa linha, vai ser sucesso na certa!

Achei muito bonitinho e vou tentar assistir o máximo que der, mesmo que esse horário seja um pouco ruim para mim. Estou na torcida para dar certo e ficar no ar por muitos meses!

As melhores novelas de todos os tempos

Não é segredo para ninguém que eu gosto (muito) de novelas. Não perco por nada o primeiro capítulo – mesmo que eu abandone a história depois – e desmarco qualquer compromisso que coincida com o último capítulo. O mais incrível é que eu lembro os nomes dos personagens e até mesmo cenas de novelas que foram exibidas há anos. Por isso, escolher apenas cinco obras e fazer um top 5 era uma missão praticamente impossível. Daí veio a ideia de separar por categorias e eleger a melhor de cada uma. Já adianto que muita coisa ficou de fora e que as minhas escolhas também levam em conta o meu gosto. Vamos conhecer as vencedoras?

Melhor vilã: Carminha (Avenida Brasil)

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Essa foi bem fácil. Faz apenas dois anos que nós nos despedimos da família do Tufão e de todos os personagens do bairro fictício do Divino, mas dá tanta saudade, né? Escrita por João Emanuel Carneiro, a novela é considerada uma das melhores dos últimos anos e o sucesso se deve principalmente à Carminha. A vilã que nós amamos odiar começa a trama planejando a morte do próprio marido e abandonando a enteada Rita no lixão para então seduzir um jogador de futebol – detalhe: ele era noivo de outra.

Anos mais tarde, ela passa a viver em uma luxuosa mansão com toda pompa e riqueza até ser infernizada por sua enteada, que cresceu e agora atende por Nina. Além de tentar enterrar a garota viva, Carminha matou o próprio amante (que, aliás, era seu cunhado) e praticava bullying com a filha gordinha. Esses atos são suficientes para torcer contra qualquer vilão, mas a atuação de Adriana Esteves foi tão maravilhosa que caiu não apenas no gosto dos brasileiros, mas também dos argentinos, já que a novela recentemente foi exibida por lá. Vai ser difícil ter outra vilã tão boa!

Melhor novela das nove: Laços de Família

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Eu sempre gostei muito das histórias do Manuel Carlos. Mas acho que ultimamente ele vem perdendo um pouco a mão. Isso porque ele gosta de focar nos diálogos, em cenas arrastadas, capítulos em que nada acontece e, claro, muita bossa nova. Hoje, tudo precisa ser mais ágil e dinâmico. Mas, em 2000, esse ritmo mais lento super funcionava. Tanto que eu não conheço ninguém que não tenha visto Laços de Família. Como o próprio nome diz, a trama girava em torno da relação entre uma mãe e uma filha que se apaixonavam pelo mesmo homem. Esse cara, por sinal, era o Reynaldo Gianecchini, que fazia sua estreia na televisão. Tinha 12 anos na época e rolou uma paixonite muito forte.

Tudo bem, a gente sabe que ele ainda não era muito bom, mas a novela também teve cenas memoráveis, como a que a Camila (Carolina Dieckmann) raspa o cabelo ao som de Love by Grace. Ou então da Capitu, personagem que levou a Giovanna Antonelli ao estrelato, e da Iris, personagem da Deborah Secco que infernizava a vida de Pedro (José Mayer, um clássico do Maneco). Fora a trilha sonora, que era incrível! A novela ganhou reprise no “Vale a pena ver de novo” em 2005 e eu já estou no aguardo de uma nova exibição. Quem sabe?

Melhor novela sobre religião: A Viagem

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Normalmente o remake de uma novela não é tão bom quanto a primeira versão, mas nesse caso a situação se inverteu. Em 1994, ainda não existiam muitas novelas religiosas. A Viagem tinha proposta espírita e falava sobre reencarnação. Logo nos primeiros capítulos, Alexandre mata um homem e é condenado a mais de 20 anos de prisão. Depois de cometer suicídio, passa a viver no vale dos suicidas, retratado como um lugar tão tenebroso que me dá medo até hoje – não sabe do que estou falando? Clica aqui para comprovar.

Não satisfeito em estar nesse lugar horroroso, ele planeja um acidente de carro para matar Otávio, o advogado que o condenou. Pouco tempo depois, sua irmã Dinah também morre após encontrar sua sobrinha desaparecida e ter um infarto fulminante. Levada a um plano espiritual muito mais bonito do que o vale dos suicidas, Dinah resolve ajudar o irmão para que ele possa se tornar alguém melhor e reencarnar. Parece tenso, mas foi um verdadeiro sucesso. Outras tramas com a mesma proposta vieram depois, mas nenhuma teve a mesma repercussão. Tanto que a novela já foi reprisada na TV Globo e hoje é líder de audiência no Canal Viva (pena que passa em horários muito ruins para quem trabalha).

Melhor novela de época: Chocolate com Pimenta

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Eu gosto muito de novelas de época. Elas costumam ser mais leves e apresentam figurinos lindíssimos. Chocolate com Pimenta era assim. Retratada nos anos 20, contava a história de Ana Francisca, tratada como um patinho feio por ser pobre e usar penteados estranhos. É justamente esse jeito ingênuo que conquista Danilo, o garoto mais popular da escola. Na formatura, Ana é humilhada pelos colegas. Com isso, ela resolve deixar a cidade em que morava e só retorna anos mais tarde, rica e poderosa. O resto da história já dá para imaginar: depois de brigarem muito, ela e Danilo finalmente ficam juntos.

Foi uma novela bem bonitinha, daquelas que a gente gosta de ver (é a segunda novela das 18h mais vista na década de 2000) e torce muito pela mocinha. As roupas eram realmente lindas. Tinha muito vestido rodado, luvinhas rendadas, chapéus e cabelos com corte chanel e cachinhos. Fora que a cidade fictícia era uma graça. Dava muita vontade de voltar no tempo, morar lá e conviver com os personagens. Foi exibida em 2003 e ganhou duas reprises, em 2006 e em 2012.

Melhor novela das seis: Coração de Estudante

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Ok, nem todo mundo vai concordar comigo nesse quesito. Mas eu realmente gostei muito dessa novela. Era uma espécie de Malhação universitária. Explico: a trama se passava em Nova Aliança, uma cidade imaginária de Minas Gerais, e girava em torno de professores e alunos da universidade da cidade. No núcleo jovem estavam os alunos que moravam em uma república e enfrentavam questões típicas dessa idade, como responsabilidades e relacionamentos. Já no grupo adulto estavam o professor Edu (Fabio Assunção), sua noiva mimada Amelinha (Adriana Esteves) e sua grande paixão, a advogada Clara (Helena Ranaldi).

Era bem gostosinha de assistir e realmente viciava. Tinha 14 anos quando foi exibida e acho que rolou uma certa identificação com esse mundo jovem. A reprise aconteceu em 2007, quando eu já estava na faculdade, então a identificação foi maior ainda. É aquela novela que faz a gente esquecer dos problemas enquanto assiste uma história atual e cativante. E a trilha era muito boa, tinha alguns clássicos da época, como “Don’t Let Me Get Me”, da Pink, e “Wherever You Will Go”, do The Calling. Ou seja, agradou todo mundo e poderia super passar de novo. Já estou na torcida!

Melhor novela das sete: Da Cor do Pecado

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Lembra do João Emanuel Carneiro, autor de Avenida Brasil? Ele foi chamado para escrever a novela depois de revolucionar a audiência da faixa das 19h com Da Cor do Pecado. Exibida em 2004, foi um sucesso porque começou a mostrar as histórias de forma mais rápida com personagens extremamente populares. Quer mais? Teve a primeira protagonista negra de uma novela. Tais Araujo viveu Preta, uma jovem que se apaixonava por um homem rico. Como mocinha sofre muito, ela fica grávida desse rapaz e ele acaba desaparecido em um acidente de helicóptero. Claro que tudo dá certo no final, porque ele reaparece para viver ao lado dela.

Antes do final feliz, teve muita coisa boa. Giovanna Antonelli viveu sua primeira vilã e deixou muita gente impressionada com tanta loucura e maldada. Matheus Nachtergale interpretou um vidente fajuto e Rosi Campos era a mamuska, matriarca da família Sardinha, composta por cinco filhos que praticam luta livre. Esses ingredientes fizeram com que a novela fosse um grande sucesso e ganhasse duas reprises, em 2007 e 2012. Assisti a primeira versão e a primeira reprise e o que mais gostava era esse ritmo ágil. Em todo capítulo acontecia alguma coisa. Aquele caso em que você deixa de ver por um dia e perde algo importante. Um verdadeiro marco na história da televisão.

Cinco motivos para ver “Império”

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Ok, eu confesso: sou noveleira. Sou daquelas que desenvolve teorias mirabolantes tentando adivinhar quem matou quem, que, se gostar, assiste a mesma história duas vezes no Vale a Pena Ver de Novo (três se você considerar a reprise do canal Viva) e desmarca qualquer compromisso para assistir ao primeiro e ao último capítulo. O problema é que, nos últimos tempos, estava difícil acompanhar alguma trama. Isso porque ou você se contentava com gente de cabelo colorido, dinossauros, ilhas perdidas e atores com sotaques bizarros ou ficava triste por ver o Manuel Carlos estragando toda a sua carreira (saudades eternas de “Laços de Família”) com aquela porcaria chamada “Em Família”.

A última novela das nove foi tão ruim, mas tão ruim, que durou apenas cinco meses e acabou na última semana. O que isso significa? Que ontem foi dia de sentar no sofá e acompanhar a estreia de “Império”. Valeu a pena! Fazia tempo que uma história não me prendia tanto. Explico em cinco itens:

A trilha sonora é muito boa: vamos parar para pensar nas últimas músicas que tocavam na abertura? Teve o Kuduro e o seu famoso “oi, oi, oi”, Seu Jorge e a lenda da Capadócia, Daniel e o inesquecível “vida, vida, viiiiida” e a sonolência da Ana Carolina. Nessa vai ser Beatles! Sim, isso mesmo! E pelo que percebi a trilha vai ser toda aproveitada com hits que marcaram outras novelas e nomes de peso, como Rihanna, Lana Del Rey, Shakira, Coldplay, Beyoncé… Ou seja, já vale a pena só por esse motivo.

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Hugo Gloss postou essa foto da possível trilha

O autor é top: Aguinaldo Silva não era meu autor favorito, mas aí lembrei que ele criou a Nazaré e o Crô e reconsiderei a lista. Fato é que ele escreveu novelas que fizeram muito sucesso, então não foi à toa ele ter sido chamado para salvar o horário. Ao contrário da lenga-lenga do Maneco, ele costuma fazer umas histórias bem reais (viu, nada de mulher casando com o homem que é ex da mãe, quase assassino do pai e causador da morte do avô) com elementos de comédia.

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Ele já fez mesmo muita coisa boa.. Olha aí alguns exemplos!

O protagonista é anti-herói: me cansa muito aquela história do protagonista bonzinho, que chora o tempo todo, toma umas mil bofetadas e se ferra até o último capítulo. Aí que entra o poder do José Alfredo, que já começou a novela seduzindo a própria cunhada. Ele está longe de fazer o tipo bonitão (embora o Chay Suede seja muito fofo ♥) e carismático, mas já conquistou todo mundo exatamente por isso. Sem ter onde cair morto, ele conhece um homem que muda sua vida e o transforma em uma pessoa rica e poderosa. Estou amando as cenas em que ele está na Suíça e tenta falar em português com as pessoas. Aprovadíssimo!

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Muito amor, gente! 

A vilã é realmente mã: vilão, para mim, tem que assumir seu papel e fazer tantas maldades a ponto de chocar os telespectadores e fazer com que eles xinguem o ator se o encontrarem na rua. A Marjorie Estiano concorda comigo e arrasou no capítulo de ontem – já fizeram até perfil no Instagram homenageando sua personagem Cora. Senti um quê de Carminha e da Natasha da Vagabanda, nos tempos áureos de Malhação. Eu tinha medo delas de verdade, então com certeza já é um ponto positivo. Ah, tem mais: a Drica Moraes assume na segunda temporada e ela sempre manda bem. Estou sentindo que vai ser sucesso!

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E no capítulo de hoje, ela soltou: “Você vai trabalhar no camelô? Que coisa de pobre” sendo que ela mora de favor com a irmã…

A história promete: sim, é aquela velha trama da menina pobre que pode ser filha de um homem rico, mas não é disso que a gente gosta? Podemos não querer mais os mocinhos certinhos, mas gostamos de torcer pelos bonzinhos e de nos indignar com quem é mau. E vai ver era exatamente isso que estava faltando: o bom e velho clássico.

“Império” começou agora, então com certeza ainda teremos muuuuito o que falar. Como boa noveleira, só posso comemorar!